O pâncreas produz dois
tipos de secreções: as exócrinas e as endócrinas.
Exócrinas: A secreção é o suco pancreático, rico em enzimas digestivas;
Endócrinas: a secreção é centrada nas ilhotas de Langerhans, onde tem:
è Células alfa: secretam glucagon
è Células beta: secretam insulina
è
Célular
gama: secretam somatostatina
INSULINA x GLUCAGON
·
São
reguladores de glicemia.
Insulina: Ativa a translocação do glut 4 por via de
sinalização intracelular, estimulando a captação de glicose. Além disso ela
estimula a síntese de proteínas e de triglicerídeos pela via lipoproteica.
Glucagon: estimula a glicogenólise, ou seja, a quebra de
glicogênio para a liberação de glicose no sangue. Ao mesmo tempo estimula a
Lipase Hormônio Sensitiva, estimulando a quebra do triglicerídeo, de forma a
liberar ácidos graxos livres na corrente sanguínea.
Ao acordar:
Glicemia normal e glucagon alto para manter a glicemia.
Primeiro órgão afetado com a
variação da glicemia:
Hipoglicemia: sistema nervoso
Hiperglicemia: sistema vascular
NO EXERCÍCIO
·
O
exercício, pelo aumento de cálcio intra celular, ativa diretamente a AKT,
estimulando a exteorização do GLUT 4 por via independente à insulina. Sendo
esse um dos motivos pelos quais a insulina cai durante a realização do exercício.
·
O exercício
modifica os receptores de insulina, fazendo com que seja secretada menos
insulina durante o exercício.
·
O
indivíduo treinado terá sua via lipolítica mais ativa, aumentando a
metabolização de gorduras, ou seja, utilizará mais gorduras do que carboidratos,
poupando a glicose e possuindo um controle glicêmico mais “tranquilo”.
·
Os níveis
de glucagon aumentam mais no indivíduo sedentário pois a glicemia está
baixando. Ocorre, portanto, maior quebra de glicogênio para suprir as
necessidades energéticas.
A hipoglicemia normalmente acontece quando estamos em
jejum. O valor pelo qual se determina a hipoglicemia não é exato, e depende de
cada indivíduo. O caso é baseado e identificado através de sintomas e critérios
clínicos. Mas pode-se afirmar que quanto mais sedentário for o paciente, maior
o risco do mesmo apresentar quadros de hipoglicemia.
DIABETES
A diabetes pode ser de dois tipos: Melitus e Insipdus.
Melitus: tipo I ou
II
Características:
·
Poliúria,
polidipsia e polifagia.
Tipo I
·
Menos
frequente
·
Diabetes
Juvenil
·
Ocorre
pela falência das células Beta Pancreáticas, não produzindo insulina.
·
É insulino
dependente
·
Dieta,
exercício e insulina podem auxiliar no quadro e melhorar a qualidade de vida do
paciente.
Tipo II
·
Mais
frequente
·
Diabetes
da maturidade
·
Relação
com obesidade: A insulina é produzida mas não capta glicose, porque tem seus
receptores dessensibilizados.
·
O paciente
usa hipoglicemiante que estimulam os receptores de insulina.
·
Dieta e
exercício podem auxiliar no quadro.
·
O
diabético tipo II pode tornar-se insulino dependente por conta da falência
pancreática decorrente do excessivo trabalho do órgão.
Insipdus
Características:
·
Diminuição
dos níveis adequados do hormônio ADH
·
Poliúria e
polidipsia
DIABETES PODE CAUSAR:
·
Angiopatia
·
Retinopatia
·
Nefropatia
·
Neuropatia
DIABETES E EXERCÍCIO
O exercício
·
Aumenta a
sensibilidade dos receptores de insulina
·
Aumenta a
translocação de glut 4
·
Maior produção
de glut 4, se realizado cronicamente.
·
A glicemia
cairá durante o exercício, se a pessoa estiver, primeiramente, com sua glicemia
abaixo da faixa de risco. Se, por falta de cuidado, a glicemia cair demais,
podemos ter um caso de hipoglicemia, e para evita-lo é preciso que o paciente
alimente-se bem antes do treino, e que o professor esteja atento aos primeiros
sinais de queda excessiva da glicemia, sendo o primeiro deles a perda da coordenação
motora fina da fala.
·
Em
glicemia acima de 300 mg/dl o exercício não deve ser realizado, pois de o fizer
a glicemia aumentará durante o exercício. Esse aumento é decorrente da dessensibilização
dos receptores, então o glucagon começa a agir de forma exacerbada, aumentando
a quantidade de glicose no sangue.
INSULINA E EXERCÍCIO
·
A insulina
aplicada é subcutânea, de forma que, com o passar o tempo em conjunto com a
ação circulatória, a insulina é liberada aos poucos para a corrente sanguínea.
·
A insulina
regular tem ação maisrápida, vai aumentando em quantidade na corrente sanguínea
e faz um pico duas horas após a aplicação, caindo novamente.
·
A NPH é
mais lenta, e faz seu pico em torno de cinco horas após a aplicação.
·
É muito
importante conhecer a cinética dos diferentes tipos de insulina, e em principais
desses dois, por serem os mais utilizados. Esse conhecimento permite que os
profissionais da saúde saibam qual o regime insulínico de cada paciente,
realizando um treinamento específico para cada um.
·
Se o aluno
aplicou a insulina, recomenda-se que não seja realizado o exercício nos
horários de pico desses medicamentos, pois nesse caso o efeito do treino vai
aumentar a translocação de glut 4 pela via independente de insulina e
modificará a sensibilidade dos receptores, fazendo uma hipoglicemia, ou seja, o
pico de insulina estará finalizando e a insulina vai estar caindo por cona do
exercício, gerando esse quadro de hipoglicemia.
BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO
·
Maior translocação
de glut 4, melhorando o índice glicêmico.
·
Maior sensibilidade
dos receptores de insulina.
·
O exercício
afeta diretamente o principal problema: a obesidade.
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