domingo, 10 de novembro de 2013

Função Endotelial e Aterosclerose

Função Endotelial

Pressão=Fluxo x Resistência          +Pressão + lesão no vaso
Disfunção Endotelial
Ex.: Hiperglicemia, se a glicemia ficar alto ( 200mg/dl por 24h/dia) altera a função endotelial.
            Hiperlipemia – Colesterol (160mg/dl [quem tem mais do que 160mg/dl podes ter dislipidemia]) – LDL (120mg/dl) – HDL  (40mg/dl, é bom ter acima de 40mg/dl) – VLDL (20mg/dl) – TG (120mg/dl)
            Relação de colesterol HDL = Colesterol/HDL = 160/40 = 4   
            4 é a relação, se fosse menor seria melhor, 4 é o limite. O numero 2 seria excelente, é um “sonho de consumo”. Tudo isso é relacionado à obesidade.
Síndrome Metabólica relaciona – Hiperglicemia, hiperlipemia e hipertensão.
LDL tem capacidade de se infiltrar por baixo do endotélio, se LDL é oxidado atrai monócitos(leucócitos circulantes), ou seja, inflama, quando monócitos infiltram e maturam para macrófagos”come lipedes”. Macrófagos “evoluem” para FOAM CELL (célula espumosa), foam cell é um macrófago “gordo”, pois ingeriu muita gordura, crescendo assim deforma a célula. Velocidade do fluxo aumenta por causa do de uma constrição


ATEROSCLEROSE


Quando o fluxo sanguíneo aumenta, ocorre maior atrito contra as células endoteliais e maior formação de radicais livres de oxigênio, que possuem alto potencial oxidante.  Esses radicais oxidam o LDL, que quando oxidado no sangue é metabolizado no fígado, não causando danos ao organismo. Porém, quando se infiltra no espaço subendotelial e é oxidado, forma-se um depósito de LDL oxidado, que sinaliza os monócitos (atraídos pelo LDL oxidado) e se infiltram no espaço subendotelial.

                No espaço subendotelial os monócitos maturam, tornando-se macrófagos, que fazem fagocitose de lípedes, aumentando o tamanho e se tornando FOAM CELLS (células espumosas), e assim a parede da célula se deforma. As FOAM CELLS produzem MPC-1 (proteína quimioatratora de monócitos), a qual estimula que mais monócitos se infiltrem no espaço subendotelial. Esse processo leva à diminuição da luz vascular, aumentando a velocidade do fluxo sanguíneo, o que estimula a formação de radicais livres e a oxidaçãode LDL, gerando um ciclo vicioso.

                Formam-se, então, o ateroma, que tem uma capa fibrosa e núcleo lipídico, constituindo a aterosclerose. Essa capa faz com que o ateroma seja mais rígido, e quando mais ele cresce, mais chances tem de ele de romper, e quando isso acontece, colágeno é exposto, atraindo plaquetas ao local, formando um trombo, que ao obstruir o vaso leva à isquemia e suas consequências, como infarto e até mesmo morte.

                O tratamento da aterosclerose foca nos fatores modificáveis, tabagismo, dieta, exercício, alcoolismo, hábitos saudáveis. O exercício aumenta os níveis de HDL e diminui o TG, prevenindo a doença e até mesmo impedindo a progressão da placa aterosclerótica, porém, ainda não se sabe se o exercício tem o potencial redutor do processo.

Regulação da PA e Exercício

Respostas de Pressão Arterial em Exercício:

Exercícios que geram tensões, principalmente durante a fase concêntrica (encurtamento), ou de contração muscular, comprime mecanicamente os vasos arteriais periféricos que irrigam os músculos ativos.  Sendo assim o fluxo sanguíneo muscular sofre um redução que é proporcional ao percentual da capacidade de força máxima exercida. Nesta tentativa de restaurar o fluxo sanguíneo muscular, ocorre um aumento na atividade simpática, no débito cardíaco e na pressão arterial. 

Durante atividades musculares rítmicas (trote, natação, ciclismo, etc.) a vasodilatação nos músculos ativos reduz a resistência periférica total para aumentar o fluxo sanguíneo através de grandes segmentos da arvore vascular periférica. A contração e o relaxamento alternados dos músculos proporcionam também uma força efetiva para impulsionar o sangue através do circuito vascular e levá-lo de volta ao coração. O maior fluxo sanguíneo durante o exercício rítmico em estado estável eleva rapidamente a pressão sistólica durante os primeiros minutos de exercício. Com a continuação do exercício, a pressão sistólica pode declinar gradualmente, pois as arteríolas nos músculos ativos continuam se dilatando, reduzindo ainda mais a resistência periférica ao fluxo sanguíneo. 

Durante exercício que aumentam de intensidade gradualmente, após uma elevação rápida inicial em relação ao nível de repouso, a pressão sistólica aumenta linearmente com a intensidade do exercício, enquanto a pressão diastólica se mantém estável ou cai ligeiramente para os níveis mais altos de exercício.


FC, VS e Q

Frequencia Cardiaca

É a frequência do volume sistólico e diastólico por minuto. Ela é regulada pelo modo sinodal e nodo atrial, que ao receberam potenciais de ação emitem o hormônios de regulação através o nervo vago. A diminuição da frequência cardíaca é feita quando ocorre o derramamento de acetil-colina, sobre o nodo, fazendo uma hiperpolarização liberando potássio para fora da célula diminuindo a FC


Os canais de sódio no nodo estão sempre abertos fazendo com que ocorra o estímulo, a recuperação e o estimulo novamente.

Há nervos do sistema simpático no coração liberando adrenalina e aumentando FC.
Quanto mais ação do sistema simpático maior a frequência cardíaca
Quanto mais parassimpático menor a frequência cardíaca.

Volume Sistólico 

É a quantidade de sangue que é ejetada para fora do coração. Através do exercício, ocorre o melhoramento do retorno venoso, da bomba respiratória e venoconstrição, isso causa o aumento do volume sistólico, através desse retorno sanguineo ejetando assim mais sangue para o corpo.

Débito Cardíaco

O débito cardíaco (Q) expressa a quantidade de sangue bombeada pelo coração durante o periodo de 1 minuto. Esse débito do coração, como ocorre em qualquer bomba, depende da velocidade de bombeamento (frequência cardíaca) e da quantidade de sangue ejetada pelo coração (volume sistólico). Sendo calculando assim:
Débito Cardíaco = Freqüência cardíaca X Volume sistólico

Pâncreas, Diabetes e Exercício

O pâncreas produz dois tipos de secreções: as exócrinas e as endócrinas.

Exócrinas: A secreção é o suco pancreático, rico em enzimas digestivas;

Endócrinas: a secreção é centrada nas ilhotas de Langerhans, onde tem:
è Células alfa: secretam glucagon
è Células beta: secretam insulina
è Célular gama: secretam somatostatina

INSULINA x GLUCAGON

·         São reguladores de glicemia.

Insulina: Ativa a translocação do glut 4 por via de sinalização intracelular, estimulando a captação de glicose. Além disso ela estimula a síntese de proteínas e de triglicerídeos pela via lipoproteica.
Glucagon: estimula a glicogenólise, ou seja, a quebra de glicogênio para a liberação de glicose no sangue. Ao mesmo tempo estimula a Lipase Hormônio Sensitiva, estimulando a quebra do triglicerídeo, de forma a liberar ácidos graxos livres na corrente sanguínea.

Ao acordar:
Glicemia normal e glucagon alto para manter a glicemia.

Primeiro órgão afetado com a variação da glicemia:
Hipoglicemia: sistema nervoso
Hiperglicemia: sistema vascular

NO EXERCÍCIO

·         O exercício, pelo aumento de cálcio intra celular, ativa diretamente a AKT, estimulando a exteorização do GLUT 4 por via independente à insulina. Sendo esse um dos motivos pelos quais a insulina cai durante a realização do exercício.
·         O exercício modifica os receptores de insulina, fazendo com que seja secretada menos insulina durante o exercício.
·         O indivíduo treinado terá sua via lipolítica mais ativa, aumentando a metabolização de gorduras, ou seja, utilizará mais gorduras do que carboidratos, poupando a glicose e possuindo um controle glicêmico mais “tranquilo”.
·         Os níveis de glucagon aumentam mais no indivíduo sedentário pois a glicemia está baixando. Ocorre, portanto, maior quebra de glicogênio para suprir as necessidades energéticas.

A hipoglicemia normalmente acontece quando estamos em jejum. O valor pelo qual se determina a hipoglicemia não é exato, e depende de cada indivíduo. O caso é baseado e identificado através de sintomas e critérios clínicos. Mas pode-se afirmar que quanto mais sedentário for o paciente, maior o risco do mesmo apresentar quadros de hipoglicemia.
DIABETES

A diabetes pode ser de dois tipos: Melitus e Insipdus.

Melitus: tipo I ou II

Características:
·         Poliúria, polidipsia e polifagia.

Tipo I
·         Menos frequente
·         Diabetes Juvenil
·         Ocorre pela falência das células Beta Pancreáticas, não produzindo insulina.
·         É insulino dependente
·         Dieta, exercício e insulina podem auxiliar no quadro e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Tipo II
·         Mais frequente
·         Diabetes da maturidade
·         Relação com obesidade: A insulina é produzida mas não capta glicose, porque tem seus receptores dessensibilizados.
·         O paciente usa hipoglicemiante que estimulam os receptores de insulina.
·         Dieta e exercício podem auxiliar no quadro.
·         O diabético tipo II pode tornar-se insulino dependente por conta da falência pancreática decorrente do excessivo trabalho do órgão.

Insipdus

Características:
·         Diminuição dos níveis adequados do hormônio ADH
·         Poliúria e polidipsia

DIABETES PODE CAUSAR:
·         Angiopatia
·         Retinopatia
·         Nefropatia
·         Neuropatia

DIABETES E EXERCÍCIO

O exercício
·         Aumenta a sensibilidade dos receptores de insulina
·         Aumenta a translocação de glut 4
·         Maior produção de glut 4, se realizado cronicamente.
·         A glicemia cairá durante o exercício, se a pessoa estiver, primeiramente, com sua glicemia abaixo da faixa de risco. Se, por falta de cuidado, a glicemia cair demais, podemos ter um caso de hipoglicemia, e para evita-lo é preciso que o paciente alimente-se bem antes do treino, e que o professor esteja atento aos primeiros sinais de queda excessiva da glicemia, sendo o primeiro deles a perda da coordenação motora fina da fala.
·         Em glicemia acima de 300 mg/dl o exercício não deve ser realizado, pois de o fizer a glicemia aumentará durante o exercício. Esse aumento é decorrente da dessensibilização dos receptores, então o glucagon começa a agir de forma exacerbada, aumentando a quantidade de glicose no sangue.

INSULINA E EXERCÍCIO

·         A insulina aplicada é subcutânea, de forma que, com o passar o tempo em conjunto com a ação circulatória, a insulina é liberada aos poucos para a corrente sanguínea.
·         A insulina regular tem ação maisrápida, vai aumentando em quantidade na corrente sanguínea e faz um pico duas horas após a aplicação, caindo novamente.
·         A NPH é mais lenta, e faz seu pico em torno de cinco horas após a aplicação.
·         É muito importante conhecer a cinética dos diferentes tipos de insulina, e em principais desses dois, por serem os mais utilizados. Esse conhecimento permite que os profissionais da saúde saibam qual o regime insulínico de cada paciente, realizando um treinamento específico para cada um.
·         Se o aluno aplicou a insulina, recomenda-se que não seja realizado o exercício nos horários de pico desses medicamentos, pois nesse caso o efeito do treino vai aumentar a translocação de glut 4 pela via independente de insulina e modificará a sensibilidade dos receptores, fazendo uma hipoglicemia, ou seja, o pico de insulina estará finalizando e a insulina vai estar caindo por cona do exercício, gerando esse quadro de hipoglicemia.

BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO

·         Maior translocação de glut 4, melhorando o índice glicêmico.
·         Maior sensibilidade dos receptores de insulina.
·         O exercício afeta diretamente o principal problema: a obesidade.

Gônadas e exercício


GÔNADAS E EXERCÍCIO

è Influenciadas por FSH e LH, hormônios hipofisário, produzidos pelo GnRH, hormônio hipotalâmico.

GnRH à LH/FSH àGônadas àOvários e Testículos


Ciclo hormonal feminino
 
 

FSH e LH

·         Hormônio Folículo Estimulante e Hormônio Luteinizante

·         O folículo é a estrutura primordial para a formação do óvulo, e as mulheres já nascem com um número final destes, que ao receberem o estímulo crescerão.

·         Quando o folículo entra em maturação, ele começa a produzir estrógeno, que tem função inibitória ao FSH e ao LH, ou seja, inibe o eixo hipotálamo hipofisário.

·         O estrógeno age sobre o endométrio, vascularizando-o (ocorre o espessamento da parede do endométrio e aumento da camada mucoide). Isso acontece para que possamos receber o óvulo.

·         O folículo aumenta e se rompe, caindo a secreção de estrógeno, e liberando o eixo hipotálamo hipofisário. Assim, LH e FSH fazem um pico. Esse pico proporciona a liberação do óvulo, e a ovulação ocorre. Próximo ao décimo quarto dia do ciclo o estrógeno volta a aumentar, e o líquido que estava no folículo coagula e forma o corpo lúteo, que secreta progesterona.

·         Se houver a fecundação, os níveis de estrógeno e progesterona permanecerão altos, pois só assim o óvulo é viável. Assim, essa mulher não ovulará durante 9 meses, e seus níveis de FSH e LH ficarão inibidos, não ocorrendo a menstruação.

·         Se não houver a fecundação, os níveis de estrógeno e progesterona cairão, aumentando os níveis de FSH e LH, reiniciando o clico. A mulher menstruará no final de cada ciclo porque perde-se a preparação do endométrio, que era mantida pelo estrógeno, então esse descamará e ocorrerá a menstruação.

Exercício de alta intensidade e ciclo hormonal feminino


Progesterona é estrógeno são hormônios esteroides.

·         O exercício de alta intensidade faz com que os níveis de colesterol baixem, e em níveis muito baixos os hormônios progesterona e estrógeno não são produzidos. Logo, não tem-se a vascularização do endométrio, e os níveis de FSH e LH mantem-se altos. Como consequência  disto teremos uma mulher amenorreica e com tendência a osteopenia.

Benefício do exercício para TPM: Quanto maior for o gasto calórico provocado pela atividade, mais benéfico ele será para aliviar os sintomas da TPM.

 
Homem e Exercício

      ·         LH e FSH estimulam o testículo a produzir esperma, e as células de Leydig a produzir testosterona.

·         A motilidade do testosterona diminuirá com o avanço da idade.
 
Testosterona

·         Hormônio esteroide que estimula a síntese de proteínas, ou seja, o aumento da massa muscular.

Testosterona e Exercício

·         Quanto maior a intensidade do exercício, mais será a secreção de hormônio, proporcionando, portanto, um maior crescimento de massa muscular.

Efeitos do Testosterona Supra fisiológico

·         Se tenho muita testosterona, inibo a produção da mesma, por conta da retroalimentação negativa, atrofiando a glândula pela inibição constante da mesma.
 
 

Tireóide, Taxa metabólica e Exercício



TIREÓIDE:


Importante glândula do organismo localizada na parte anterior do pescoço e produtora dos hormônios T3, Triiodotironina, e T4, Tiroxina, que atuam em todo o nosso organismo, regulando o crescimento, digestão e o metabolismo.

Quando a tireoide não funciona de maneira correta, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente, causando o hipotireoidismo e por consequência o bócio, que é uma doença tipicamente hipotireóidica, que ocorre por falta de iodo no organismo, ou em excesso, ocasionando o hipertireoidismo.

De maneira geral, quando a glândula está hiper funcionante ocorre uma aceleração do metabolismo em todo organismo, podendo ocorrer agitação, diarreia, taquicardia, perda de peso etc, ao contrário, quando a glândula está hipo funcionante pode ocorrer cansaço, fala arrastada, intestino preso, ganho de peso, etc.


TAXA METABÓLICA:


A Taxa de Metabolismo Basal é a quantidade mínima de energia (calorias) necessária para manter as funções vitais do organismo em repouso (McARDLE e col., 1992 ).

Essa taxa pode variar de acordo com o sexo, peso, altura, idade e nível de atividade física. Quanto mais intensa a atividade, maior sua necessidade energética.
Relacionadas com os hormônios da tireoide, a taxa metabólica aumenta ou diminui de acordo com a variação desses hormônios. No hipertireoidismo, por exemplo, ao secretar mais hormônios, ocorre um aumento no metabolismo, aumentando também a frequência cardíaca e a pressão arterial.

Já no hipotireoidismo, há uma diminuição na liberação de hormônios, inibindo a secreção hormonal, ocorrendo, então, uma desaceleração no metabolismo, ocasionando o engorde.


RESPOSTA DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE DURANTE O EXERCÍCIO:





Hipófise, Hipotálamo e Exercício

No sistema endócrino as glândulas produzem hormônios que agem sobre células-alvo a fim de gerar efeitos, as glândulas tem uma relação de inter-afeto entre si. Para manter os níveis de produção de hormônio adequados o sistema é controlado por alças regulatórias dos hormônios, das células-alvo e dos efeitos gerados.
No eixo hipotálamo-hipófise a relação se dá de duas formas, por tratos neuronais – relacionam o hipotálamo com a neuro-hipófise – ou pelo sistema porta-hipotálamo-hipofisário – relaciona o hipotálamo com a adenohipófise. Na relação com a neurohipófise os principais tratos neuronais são o da ocitocina e do ADH, a produção destes hormônios se dá nos corpos neuronais hipotalâmicos e migram pelo axoplasma até as terminações na hipófise, liberados então pra corrente sanguínea. A Ocitocina é estimulada pela sucção que o bebê faz na mama da mãe, ela provoca a contração das células mioepiteliais da mama, auxiliando na ejeção do leite, também atua na contração do útero no momento do parto e não apresenta relação com exercício físico. O ADH aumenta a reabsorção de água nos rins, regulando as aquaporinas nos túbulos contorcidos distais, durante o exercício a concentração circulante no sangue aumenta, por causa da desidratação que ocorre devido à sudorese.

No eixo Adeno-hipófise existem os chamados hormônios RH (releasing hormon), eles são produzidos pelo hipotálamo e levados à adeno-hipófise pelo sistema porta, eles estimulam a secreção de outros hormônios. Os chamados hormônios RH são o GnRH, que libera as gonadotrofinas – LH e FSH – o GHRH, hormônio de libração do GH, o TRH, libera a tireotrofina – TSH – e o CRH, que libera a corticotrofina – ACTH. O GH é o considerado hormônio do crescimento, e possui ação sistêmica e estimula o anabolismo protéico, catabolismo de gorduras e carboidratos, além disso possui uma meia-vida de 1 a 2 horas. Durante o exercício há um aumento nos níveis de GH, esse aumento varia de acordo com a intensidade do exercício, o sono profundo também estimula uma maior secreção do hormônio, durante o período do chamado sono REM (rapid eyes moviment).

Controle Motor

CONTROLE MOTOR

O sistema nervoso contem motoneurônios que controlam os músculos para que ocorram os movimentos. Podemos definir uma unidade motora  como um neurônio que inerva um determinado número de fibras musculares, o que determina o número de unidades motoras é a quantidade de células que ele inerva. Os maiores, por exemplo, são os da coxa, pois inervam uma quantidade maior de fibras musculares. Outro ponto importante de destacar é que quando maior a unidade motora, menor é a precisão do movimento, como a do quadríceps, já músculos que possuem pequenas unidades motoras proporcionam uma maior precisão do movimento como os músculos dos olhos.
Podemos dividir esse controle motor em 3 níveis: Voluntário, automático e involuntário.
Voluntário:
Programação          Execução          Resolução

Córtex pré-motor

                  
                   Controle motor

                                
                                 Gânglios da base

                                                      
                                                     Tronco Encefálico
                                                                                  Músculo





O movimento idealizado não é sempre o realizado. Para isso a função do cerebelo é muito importante, pois é ele que da o feedback mostrando ao córtex motor que o movimento não deu certo, indicando o caminho para que o movimento ocorra.
Automático:
É um movimento que deixa de ser planejado e voluntário para ser automatizado.
Involuntário:
Este reflexo ocorre no nível medular, não dependendo do controle cortical, o seu trajeto é do órgão superior periférico, passando pelo H-Medular, indo para o arco reflexo e chegando ao músculo. Os reflexos involuntários são divididos em 3:
Reflexo miotático – Referem-se aos fusos musculares. Eles emitem uma fibra muscular 1A para o H-medular, fazendo uma sinapse ativando um motoneurônio muscular, enviando a fibra (alfa) para o músculo. Em qualquer retomada postural será ativado o reflexo miotático. A fibra Gama causa o estiramento do músculo:

Reflexo miotático inverso – Orgão tendinoso de golgi – sensível a tensão. Quando ocorre um estiramento no músculo ocorre a inibição do mesmo.
O R.M.I. é ativado quando a tensão do músculo aumenta.






Reflexo flexor:

Ele inibe a extensão do lado afetado e inibe a flexão do lado não afetado.
Flexibilidade
São movimentos em amplitude, caracterizados principalmente pela mobilidade articular, elasticidade muscular (capacidade de o músculo contrair, estender e voltar à posição inicial. Quanto mais longa a miofibrila maior a elasticidade do músculo), massa adiposa e muscular e elasticidade da pele.

É bom ressaltarmos que quando a temperatura aumenta, diminui a viscosidade, por isso a importância do aquecimento na flexibilidade do músculo.                                 

TÉCNICAS DE ALONGAMENTO

As técnicas de alongamento que vamos utilizar em nossos alunos dependerão no objetivo do treinamento. E por isso dividimos o alongamento segundo aos objetivos e segundo suas técnicas/tipos.


Objetivos do alongamento


Flexibilidade:

·         A flexibilidade está presente em muitas das nossas Atividades de Vida Diárias, por isso sua importância em relação à manutenção da autonomia do paciente.

·         Todas as técnicas de alongamento podem ser utilizadas para esse mesmo objetivo, lembrando que a FNP normalmente necessita de auxílio.


Aquecimento:

·         Tem-se como objetivo o aquecimento do corpo, como preparação para uma atividade, prova, exercício, esportes, etc.

·         Para o aquecimento a técnica mais eficiente é o alongamento balístico.


Relaxamento:

·         Sua principal função é no pós treino.

·         Para esse objetivo temos as técnicas Balísticas e Estáticas.


Técnicas de Alongamento


Alongamento Estático:

·         É sustentar uma mesma posição durante alguns segundos.

·         No alongamento estático, temos o estiramento dos fusos musculares, que leva ao reflexo miotático. No entanto, existe uma contração isométrica com muita tensão, que ativa os Órgãos Tendinosos de Golgi, ativando o reflexo miotático inverso, que inibe a contração, fazendo com que a musculatura relaxe progressivamente.

·         Muito usado para relaxamento e flexibilidade.


Alongamento balístico:

·         É alongamento com insistência e retorno á posição inicial.

·         O estiramento envolve o movimento repetitivo da musculatura alongada, gerando repetitivos reflexos miotáticos.


Alongamento FNP = facilitação neuromuscular proprioceptiva

·         A FNP é semelhante ao alongamento estático, mas envolve o auxílio de uma força externa para aumentar mais ainda a tensão sobre o grupo muscular desejado. Aumentando ainda mais a tensão, aumentam-se os estímulos aos órgãos tendinosos de golgi, assim, temos a inibição do reflexo miotático e a potencialização do reflexo miotático inverso.

CONTRAÇÃO MUSCULAR



Tipos de contração muscular


1)      Isométrica/Estática

2)      Isotônica/Dinâmica

·         Concêntrica: Encurtamento da musculatura

·         Excêntrica: Alongamento da musculatura

DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS DE CONSUMO DE OXIGÊNIO E CONCENTRAÇÃO DE LACTATO






·         Tanto o consumo de oxigênio quanto a concentração de lactato são menores no trabalho excêntrico.

·         A demanda metabólica/gasto energético no trabalho excêntrico é menor.

·         Logo: a carga máxima de trabalho na contração excêntrica é maior. Isso acontece porque a fibra muscular é composta por sarcômeros e elementos elásticos, que na contração concêntrica são diminuídos em comprimento.  Na contração excêntrica os componentes elásticos distendem-se, e com isso demandam menos energia do que na contração concêntrica, ou seja, diminui o trabalho das estruturas contráteis =  o sistema é mais econômico.

DESVANTAGENS DO TRABALHO EXCÊNTRICO
 


·         A contração excêntrica resulta em muito mais lesões musculares do que a contração concêntrica (vê-se o nível elevado de CK)

·         Consequências: Dor muscular tardia causada pelo processo anti-inflamatório consequente dos micros traumas que a musculatura sobre durante o trabalho excêntrico, quanto maior for esse trabalho, mais dores musculares tardias apresentará o indivíduo.