terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Análise Seminário II

SEMINÁRIO II Grupo 1. Artigo: Impact of age, sex, and exercise on brachial and popliteal artery remodeling in humans. Objetivo: analisar o impacto da idade, sexo e exercício na espessura das paredes e remodelação poplíteo e artérias braquiais. Foram comparadas a espessura da parede, diâmetro e parede do lúmen de 15 jovens saudáveis praticantes de no máximo 3h/semanal de exercício normal em nível recreativo e 16 idosos saudáveis e sedentários. Grupo 2. Artigo: Atrofia muscular em pacientes submetidos à hemodiálise: efeitos na força muscular, qualidade muscular e função física. Objetivo: Avaliar a contribuição potencial de atrofia muscular, diminuição da ativação central e função contrátil anormal para fraqueza observado na população em diálise. "Pacientes que fazem hemodiálise são menos ativos e mais fracos que a população sedentária saudável, não por uma falha no SNC, mas por uma atrofia, uma diminuição no músculo contrátil.” Conclusão: Atrofia e não falha de ativação central é o principal mecanismo para a fraqueza. O que deve ser feito: Estratégias para aumentar a massa muscular nessa população Grupo 3. Artigo:Programa de exercício respiratório para idosos Objetivo: Medir efeitos de um programa de exercício em idosos asmáticos na apresentação clínica, função pulmonar, pressão inspiratória e expiratória máximas, capacidade cardiopulmonar e qualidade de vida. Foram usados 21 pacientes, homens e mulheres, de 60 anos de idade para mais, com asma moderada ou grave. Foram realizadas exercícios de alongamento, de fortalecimento dos músculos esqueléticos do tórax. Conclusão: - Não foi observado efeito positivo a longo prazo no potencial do programa. - A falta de treinamento após quatro semanas depois do final do programa revelou diminuição significativa de Pimáx e PeMáx.

Criança e Exercício


Teste de VO2 com incremento de carga máxima
 
As crianças possuem o mesmo padrão de resposta ao incremento de carga do que os adultos, mas adaptam-se melhor, sendo o déficit de 02 e o EPOC emnores. Isso significa que a resposta oxidativa destas é melhor do que a dos adultos, e isso acontece para compensar a limitação no sistema anaeróbico.

1.       Crianças acumulam pouco lactato, indicando pouca utilização do metabolismo anaeróbico lático.

2.       Criança tem pouca atividade glicolítica (maturacional), por isso os níveis de PFK estão baixos nos anos iniciais e com a maturidade aumentam.

3.       Crianças convertem pouco piruvato em lactato. Como as crianças formam menos lactato, tento baixa capacidade anaeróbica, a resposta aeróbica é acelerada. Assim crianças realizam espontaneamente atividades de baixa duração e alta intensidade, utilizando a rota metabólica ATP-CP, ou de longa duração e baixa intensidade, utilizando a rota lipolítica.

4.       O menino aumenta mais o seu VO2 porque na puberdade ele ganha maior massa muscular. E a curva do VO2 max cai nas meninas, no início da puberdade, proque ganham tecido adiposo.

5.       No período antes da puberdade o desempenho físico é muito parecido entre os sexos.

 

 

IDOSO

 

A principal mudança é no VO2 máximo.

 

1.       O VO2 máximo cai por conta da sarcopenia, que é a perda de sarcômeros, por consequência perda de massa muscular.

2.       Para evitar a declividade da curva, deve-se treinar aerobico e anaeróbico com o público idoso, porque com o envelhecimento se perde massa muscular e o VO2 cai justamente por causa dessa perda de massa.

Sistema Renal e Exercício

Renal
Ureter= Leva fluido do rim até a bexiga.
Uretra=  Excreta a urina.


No verão a sudorese aumenta, fazendo com que a reabsorção no filtro glomerular aumente para repor a água que está faltando.


Pela arteríola aferente passam 1440 Litros por dia, 180L passam pela cápsula de Bowmann, 178L são reabsorvidos e 2litros realmente serão Urinas excretadas pela Uretra.
Célula justa glomerular libera renina para proteger os rins, fazendo uma vasodilatação na arteríola aferente e uma vasoconstrição na arteríola eferente.
No fim de um exercício intenso os atletas possuem uma pseudo nefrite, pois com o aumento da filtração sanguínea renal após o período de recuperação, jogando hemácias na urina. Durante o exercício é raríssimo a vontade de urinar fora da água.
E.Q.U.= Exame Qualitativo de Urina, examina Albumina, Hemácia e Proteinúria.





Termorregulação

Normalmente se perde calor para o meio
FRIO= vasoconstrição, pilo ereção, tremores.
CALOR= vasodilatação, sudorese
CTR= Centro Termo Regulador – pelo hipotálamo
A faixa fica entre 36° a 38°C
Quando passa deste limite o CTR começa a trocar os mecanismos, ele em vez de fazer vasodilatação, faz vasoconstrição, pilo ereção, tremores e para com a sudorese que é a mais importante troca de calor com o meio, este fenômeno é a INTERMAÇÃO, pode dar câimbras, perda de coordenação, coma e até morte. Quando o atleta estiver em INTERMAÇÃO, coloque-o em uma piscina, sem roupa e com gelo para diminuir a temperatura corporal, mesmo dando um choque térmico esse é o menor dos males já que o atleta está prestes a morrer. O Futebol Americano é o esporte que mais mata por INTERMAÇÃO, pois as roupas usadas pelos jogadores proporcionam este fenômeno. Treinamento Militar também é um grande causador da INTERMAÇÃO.
Corpo perde (evapora suor, convecção e condução) e recebe calor(radiação solar).
SCR= Superfície Corporal Relativa// Superfície corporal/ Massa Corporal cm²/kg
Crianças têm superfície corporal relativa MAIOR que a do adulto.

Na água fria a criança, por ter uma superfície corporal relativa maior, é mais fácil de ter uma hipotermia, pois perde muito mais calor para o meio do que o adulto perde.

Sistema Gastrointestinal

        Podemos dividir o sistema gastrointestinal através de seus segmentos: Boca (fragmentação do alimento,importante papel da língua de diluição do alimento e captura de sabores, o processo que ocorre na boca também serve para sinalizar vários processos que ocorrerão mais a frente, deixando o organismo preparado para tal.), Esôfago (passagem do alimento para o estomago, caracterizado lugar da digestão mecânica), Estômago ( absorção de nutrientes), intestino delgado (digestão e absorção), intestino grosso (função de absorção)
             O inicio da digestão, como já descrito, começa na boca onde ocorre uma digestão mecânica para depois ocorrer a digestão química.  
  A presença de alimento na boca, junto com visão e cheiro, estimula as glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. Alimentos sólidos que provocam mais mastigação saciam a fome mais rapidamente, através dos receptores periféricos.
A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Os sais na saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm um pH levemente ácido, ideal para a ação da ptialina.
Os processos no estomago, ocorrem através do suco gástrico, que é rico em ácido clorídrico e enzimas (pepsina e renina). As células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Superfície estomacal é totalmente reconstituída a cada três dias.

PEPSINA – Digere proteínas em peptídeos pequenos
RENINA – Produzida mais em recém-nascidos, separa o leite em frações liquidas e sólidas

         O estômago produz cerca de três litros de suco gástrico por dia. O alimento pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais e se mistura ao suco gástrico auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal.
           O bolo alimentar transforma-se em uma massa acidificada e semi-líquida, QUIMO. Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo é liberado no intestino delgado, onde ocorre a parte mais importante da digestão.
           A digestão do Quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo Pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas.
         Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no Fígado, que apesar de não conter enzimas, tem a importante função, entre outras, de transformar gorduras em gotículas microscópicas.

SISTEMA GASTROINTESTINAL E O EXERCICIO

Exercício intensos maiores que 70% do Vo2 máx diminui a velocidade de digestão.
Atividade de baixa intensidade,  promove maior velocidade de digestão, por isso que é comum falarem “vamos dar uma caminhadinha para abaixar a comida”
O nível de condicionamento é fundamental determinante para o esvaziamento gástrico. Um individuo sedentário pode apresentar desconforto com uma leve caminhada.
            O exercício físico provoca alterações no chamado Fluxo Sanguíneo Esplâncnico (FSE): sangue que chega à região abdominal. À medida que se aumenta a intensidade do exercício, o FSE diminui em resposta. É por este motivo que, em atividades intensas, a motilidade gástrica diminui.
                      

            Quanto maior a quantidade de CHO mais rápido será o esvaziamento gástrico.
                                 
                                           

No que o exercício afeta a absorção intestinal?

Diminui o aporte Sanguíneo intestinal  Porém, 75% do vo2máx  não compromete a absorção de carboidrato e cloreto de sódio. O que mostra que o transporte não é exclusivamente dependente do sangue e do peristaltismo  .

    Atividades de grande intensidade e duração, durante a digestão, causam dores em câimbras abdominais, interferindo na diarreia do maratonista, causada principalmente por um componente emocional e um grande estimulo no sistema parassimpático aumentando a motilidade e secreção do muco.

Sistema Ósseo e Exercício


ÓSSEO

 

Na matriz óssea temos cristais de hidroxiatpatita, que contém cálcio em sua estrutura e são anisotrópicos. Quando estimulados, por compressão, distensão, torção ou cisalhamento, esses cristais sofrem deformação e geram voltagem, pelo efeito piezoelétrico, que atrai íons de Ca+2 para a estrutura óssea que foi mecanicamente estimulada.

 

Quanto menos cálcio circulante possuirmos, mais tiraremos este do osso, que é um grande depósito de cálcio. Quem fará essa desmineralização serão os osteoclastos, gerando cavitações ósseas e liberando o cálcio para a corrente sanguínea. Essa atividade osteoclástica só cessará quando os níveis de cálcio circulante voltarem ao normal, tanto pela atividade deles quanto por termos tomado um copo de leite, por exemplo. Já os osteoblastos são responsáveis pela mineralização da matriz óssea, retirando cálcio circulante e jogando-o para o interior da matriz. E assim se renova o sistema ósseo, que volta a ser quiescente.

 

EXERCÍCIO

 

O exercício causa microdeformações ósseas e o impacto desse exercício gera estímulos para aumentar a captação de cálcio pelos osteoblastos (efeito piezoelétrico). Assim, o exercício promove o aumento da densidade mineral óssea naquelas regiões estimuladas.

 

Com o envelhecimento, a atividade osteoblástica diminui, e os níveis de estrógeno também (fonte de cálcio), por isso as mulheres pós menopáusicas apresentam, na maioria das vezes, osteoporose. O exercício, nesse caso, é muito importante para promover a maior captação de cálcio da corrente sanguínea para a matriz óssea, porém não é suficiente para suprir todas as necessidades causadas pela amenorreia.

 

Altitude

A altitude modifica a pressão atmosférica, modificando também a pressão alveolar a saturação da Hb, isso faz com que o VO2 max diminua junto com a pressão. A saturação nunca chegaria a estar a 100% .
Até 1500 metros de altitude não cai o VO2 max, mas quando aumenta 1000 metros baixa 10% do VO2 max.

Exemplo.: Uma pessoa com 60ml.kg.min de VO2 max e vai para a cidade do México que fica a 3600m do mar. Até 1500 metros não muda, +1000metros  baixa 10% VO2 max e 2000 metros 20% então ele em vez de estar 100%, ou seja 60 ml.kg.min ele fica com apenas 80% do Máximo 60x80=48ml.kg.min. Mostra que mudou bruscamente seu desempenho.

Adaptação: é um processo lento. Até 1600 metros de altitude se adapta em 2 semanas. Acima disso a cada 600 metros a mais soma-se uma semana, ou seja, 2200 metros de altitude, é necessário no mínimo 3 semanas para a adaptação. Estas adaptações podem ocorrer em 3 níveis, curto, médio e longo prazo.

Curto prazo: hiperventilação, vai diminuir a PCO2  ,ou seja, alcalose respiratória, deixa a pessoa tonta, taquipnéia, aumento da ventilação.

Médio prazo: maior excreção de Bicarbonato de sódio pela urina. E teu sangue fica mais concentrado (hemoconcentração), mais viscoso. Maior risco de coágulos e estrombos. As hemácias ficam mais próximas.

Longo Prazo: Rim produz eritropoetina(EPO) vai para o sangue e estimula a medula óssea a estimular a ter mais hemácias, fazendo isto está adaptado a altura.

Quando não há tempo suficiente para a devida adaptação, a melhor coisa a se fazer quando um time precisa jogar em um lugar de grande altitude é ir o mais próximo possível do dia do jogo. Se possível ficar no litoral até o dia do jogo, e só no dia ir até o local, para que não haja um desgaste desnecessário.

Quando ocorre o contrario de os jogadores descerem da altitude para o nível do mar, se os músculos não estiverem treinados não haverá benefícios por obterem mais hemácias do que os jogadores do nível do mar. O time da altitude teria benefícios se conseguisse chegar uns 60 dias antes do jogo para “treinar” os músculos dos jogadores e ter vantagens com o O2 superior e hemácias.


Regulação da ventilação e Exercício

Controle Químico: 

Nem a estimulação quimica nem qualquer outro mecanismo isolado é responsável inteiramente pelo aumento da ventilação durante a atividade física. A indução das modificações máximas na acidez do plasma e na Po2 e Pco2 inspiradas nao eleva a ventilação minuto até os valores existentes durante o exercício vigoroso.

Quando a intensidade do exercicio aumenta, a Po2 alveolar não diminui até o ponto de aumentar a ventilação através da estimulação dos quimiorreceptores

Grandes volumes ventilatórios durante o exercício intenso acarretam uma elevação da Po2 alveolar até acima do valor médio de repouso que é 100mmHg. Qualquer aumento na Po2 alveolar duranto o exercicio acelera a oxigenação do sangue nos capilares alveolares

Outra questão importante de ressaltarmos é que a ventilação pulmonar durante o exercicio moderado está ligada ao metabolismo, proporcionalmente ao consumo de oxigenio e a produção de dióxido de carbono. Durante um exercício vigoroso com o seu componente anaeróbico relativamente grande e produção de lactato, as maiores concentrações de dióxido de carbono e de H+ proporcionam um estimulo ventilatório adicional, fazendo com que a curva do grafíco de lactato se assemelhe com a curva da ventilação.


Podemos analisar na tabela cima que, o lactato aumenta após liberar o  H+, causando uma queda no pH por causa do tamponamento de H+, diminuindo assim o Pco2 por causa do aumento do Vco2, aumentando o VE, pois o Co2 estimula a ventilação. Assemelhando assim a duas curvas, de lactato e da ventilação expiratória. 



Mecânica Respiratória

O sistema respiratório é dividido em duas partes: parte mecânica e parte de regulação

Mecânica: Durante a inspiração a cavidade torácica aumenta de tamanho porque as costelas sobem e o diafragma desce, fazendo com que o ar possa fluir para os pulmões. Além da ação diafragmática, os músculos intercostais externos tornam-se ativos e os músculos intercostais internos ficam relaxados durante a inalação. Durante a expiração, as costelas oscilam para baixo e o diafragma retorna para uma posição relaxada, reduzindo o volume da cavidade torácica e o ar é expelido. 


As pressões variam continuamente dentro dos espaços alveolares e pleurais durante todo o ciclo ventilatório. A resistência à expansão normal da cavidade pulmonar e dos alvéolos aumentam progressivamente durante a inspiração em virtude do efeito da tensão superficial, principalmente nos alvéolos. A tensão superficial relaciona-se com uma força ou resistência criada na superfície de um liquido em contato com um gás.

Volume/capacidade pulmonar

VC = volume corrente
VRI = Volume de reserva inspiratório
VRE = Volume de reserva expiratório
CPT = Capacidade pulmonar total
VPR = Volume pulmonar residual
CV = Capacidade vital


O volume total de ar movimentado, voluntariamente em uma unica incursão respiratória, da inspiração plena para a expiração máxima, representa a capacidade vital (volume de ar expulso de um individuo). 


  Relação VEF e CV

Alguns indivíduos com doença pulmonar grave conseguem valor de CV quase normais quando medidos sem limite temporal. Por essa razão, é usada uma forma de mensuração "dinâmica" da função pulmonar, chamado de Ventilação Expiratória Forçada em 1 segundo (VEF1) 


Normalmente indivíduos saudáveis expelem cerca de 85% da capacidade vital em 1 segundo. A doença pulmonar obstrutiva grave (enfisema, onde ocorre a junção dos alvéolos), reduz consideravelmente a relação VEF1 /CV.

A doença restritiva, faz com que a capacidade vital caia, pois restringe a respiração através da fibrose pulmonar.

A capacidade vital é prevista a partir do sexo do individuo, estatura e idade. Com isso temos a possibilidade de prever valores:

CV / CV prevista = Maior que 0,7 é considerada normal
                               Menor que 0,7 é considerada doença respiratória restritiva

VEF1 / CV = Maior que 0,7 é considerada normal
                      Menor que 0,7 é considerada doença respiratória obstrutiva

Transporte de Gases

As hemoglobinas podem ser ligadas no máximo a quatro O2, ou seja se houver 1000 hemoglobinas, terá no maximo 4000 O2, podendo ter menos. Uma das causas de diminuição do O2 no sangue é o cigarro.