A
intensidade pode ser:
Absoluta: Representada
por unidade física de medida, como Newton, Km/h
Relativa: Representada
por % do máximo de cada indivíduo.
·
Durante os primeiros 10 segundos de prova o sistema
metabólico ATP-CP é a rota predominantemente utilizada, existindo, também, a
participação discreta da glicólise anaeróbia e a insignificante contribuição da
glicólise aeróbia.
·
Para provas que ultrapassem os 3 minutos de duração, a
rota predominante é a glicólise aeróbia, seguindo da anaeróbia láctica e com
insignificante participação do sistema ATP-CP
Em provas específicas, como as 1500m rasos, não
podemos falar em predominância de rotas no geral do exercício, pois todas as
rotas serão igualmente importante para cada momento da prova.
·
O tempo
chave no gráfico de Costil é aos 20 minutos, onde não há predominância entre as
rotas metabólicas.
·
O gráfico
mostra que a rota lipolítica é utilizada o tempo inteiro, porém, antes dos 20
minutos, não é a rota predominante de energia utilizada.
·
Com isso,
extingue-se o mito: Só vais queimar
gordura se permanecer mais de 20 minutos no exercício. Em intensidade mais
baixa, o organismo predomina a rota de maior complexidade, que reconstituía um
maior número de ATP, que seja mais competente em liberação de energia, ou seja,
predomina a rota lipolítica. E tudo isso acontece porque estou em baixa
intensidade e tenho tempo para predominar esse tipo de rota metabólica.
“É a intensidade que manda na
duração do exercício” à Quanto maior
for a intensidade, menor será o tempo de envolvimento no exercício.
Um aluno “A” e outro aluno “B”, ambos gordinhos e de igual
vida, começam a malhar em uma academia com a intenção de emagrecer. Para o
aluno “A” é montado um treino da seguinte forma:
Frequência
|
Duração
|
Intensidade
|
Gasto calórico
|
3x por semana
|
60min
|
Baixa
|
300 kcal
|
E, para o aluno “B” é montado o seguinte treino:
Frequência
|
Duração
|
Intensidade
|
Gasto calórico
|
3x por semana
|
20min
|
Alta
|
300 kcal
|
Qual emagrecerá mais ao longo do tempo?
Resposta: Ambos emagrecerão a mesma coisa, pois o que
importa é o gasto energético, independente de como alcança-lo.
A interpretação os sistemas fornecedores de
energia é mais fácil em atividades as quais a intensidade do exercício se
mantenha relativamente constante por um longo período de tempo. Essas
atividades são classificadas como cíclicas, e incluem a natação, corrida,
caminhada, remo, etc. Já em atividades acíclicas, onde o indivíduo não faz o
mesmo movimento durante o exercício, a interpretação de qual dos sistemas predomina
se torna muito mais difícil, sendo esse o caso do futebol e do futsal, por
exemplo.
Futebol e futsal
v Para ter um bom desempenho no futebol é
necessário que a rota predominante seja ATP-CP. Vemos o por que:
A distância que um jogador percorre nos 90
minutos de partida é de, aproximadamente, 10 km, sendo que 70% desses
representam deslocamentos lentos, caminhadas, trotes, e 30% representam
corridas efetivas de jogo, com bola ou sem. Assim, devemos pensar nos tiros de
curta distância e alta velocidade, seguidos de intervalos de longa duração, que
são as ações mais importantes para o jogo. Atletas de futebol dão tiros de 5 a
50 metros, e devem, portanto, serem treinados para percorrer essas distâncias,
predominando a utilização da via bioenergética ATP-CP.
v Avaliando o futsal, em contrapartida,
observamos que os atletas correm bem mais e têm muito menos tempo de
recuperação entre os tiros, fazendo com que a importância da via glicolítica láctica
aumente, mas não predomine a ATP-CP, porque, novamente, os tiros são curtos e velozes,
de muita importância para o jogo.
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