sábado, 7 de setembro de 2013

Consumo de Oxigênio e Lactacidemia

Consumo de Oxigênio e Lactacidemia

Anaeróbio – Lactato
Aeróbio -  VO2 -> VO2= Q x dif. a-v . O2

Débito cardíaco – repouso = 5L min-¹
                             Máximo = 30L min -¹

Em exercícios de alta intensidade aumenta o fluxo venoso e o VO2.

FICK – a = VO2
              Dif. a-v . O2

Órgãos: 1º músculo
              2º coração
              3º pulmão

- Testes de consumo de oxigênio



  Em rampa  

   Escada

Carga retangular







- Consumo de oxigênio não se adapta instantaneamente, pois ocorrem vários processos até chegar ao consumo ideal.

- Para isso entra o sistema anaeróbio para sustentar o sistema aeróbio, durante o período de déficit de oxigênio. Isso causa um acumulo de lactato e depressão da CP, até que o oxigênio volte ao seu estado de equilíbrio.

- Quando baixamos a carga o oxigênio baixa levemente também, criando um acumulo maior de O2.

- O consumo de O2 não aumenta junto com a carga.

- A variação da carga afeta diretamente no déficit de O2.


- A técnica influencia também no consumo de O2 e no gasto energético.







RER = VCO2 -> glicose – 6 O2 – 60CO2 - > 38 ATP
            VO2 - > palmitato – 23 O2 – 16 CO2 - > 129 ATP

Glicose = Carboidrato - > RER = 1.0
Palmitato = Gordura - > RER = 0.7

Lactato

  • Numa determinada intensidade do exercício o MCT (proteína transportadora de piruvato) satura, o que causa excesso de piruvato no citoplasma celular, aumentando assim a concentração de lactato.















  • Aeróbio Extensivo – volume elevado, intensidade baixa. Deve ser aplicado em iniciantes, para que haja adaptação para intensidade mais alta.


  • A partir de treinamentos podemos priorizar o limiar de aeróbio extensivo/intensivo, mudando assim o local do limiar.







  • Com o déficit de oxigênio, é ativada a via anaeróbia, liberando lactato até que o consumo de oxigênio se estabilize.

                                                                                                                       



Interrelação entre rotas

A intensidade pode ser:

Absoluta: Representada por unidade física de medida, como Newton, Km/h
Relativa: Representada por % do máximo de cada indivíduo.



·         Durante os primeiros 10 segundos de prova o sistema metabólico ATP-CP é a rota predominantemente utilizada, existindo, também, a participação discreta da glicólise anaeróbia e a insignificante contribuição da glicólise aeróbia.
·         Para provas que ultrapassem os 3 minutos de duração, a rota predominante é a glicólise aeróbia, seguindo da anaeróbia láctica e com insignificante participação do sistema ATP-CP

 As vias predominam uma sobre as outras, mas nunca há exclusividade no fornecimento de energia. A cada tempo tenho uma rota que predomina com a contribuição das outras.

Em provas específicas, como as 1500m rasos, não podemos falar em predominância de rotas no geral do exercício, pois todas as rotas serão igualmente importante para cada momento da prova. 


·         O tempo chave no gráfico de Costil é aos 20 minutos, onde não há predominância entre as rotas metabólicas.
·         O gráfico mostra que a rota lipolítica é utilizada o tempo inteiro, porém, antes dos 20 minutos, não é a rota predominante de energia utilizada.
·         Com isso, extingue-se o mito: Só vais queimar gordura se permanecer mais de 20 minutos no exercício. Em intensidade mais baixa, o organismo predomina a rota de maior complexidade, que reconstituía um maior número de ATP, que seja mais competente em liberação de energia, ou seja, predomina a rota lipolítica. E tudo isso acontece porque estou em baixa intensidade e tenho tempo para predominar esse tipo de rota metabólica.

“É a intensidade que manda na duração do exercício” à Quanto maior for a intensidade, menor será o tempo de envolvimento no exercício.

Um aluno “A” e outro aluno “B”, ambos gordinhos e de igual vida, começam a malhar em uma academia com a intenção de emagrecer. Para o aluno “A” é montado um treino da seguinte forma:
Frequência
Duração
Intensidade
Gasto calórico
3x por semana
60min
Baixa
300 kcal

E, para o aluno “B” é montado o seguinte treino:
Frequência
Duração
Intensidade
Gasto calórico
3x por semana
20min
Alta
300 kcal

Qual emagrecerá mais ao longo do tempo?

Resposta: Ambos emagrecerão a mesma coisa, pois o que importa é o gasto energético, independente de como alcança-lo.
                                                                                                                                      

A interpretação os sistemas fornecedores de energia é mais fácil em atividades as quais a intensidade do exercício se mantenha relativamente constante por um longo período de tempo. Essas atividades são classificadas como cíclicas, e incluem a natação, corrida, caminhada, remo, etc. Já em atividades acíclicas, onde o indivíduo não faz o mesmo movimento durante o exercício, a interpretação de qual dos sistemas predomina se torna muito mais difícil, sendo esse o caso do futebol e do futsal, por exemplo.

Futebol e futsal

v  Para ter um bom desempenho no futebol é necessário que a rota predominante seja ATP-CP. Vemos o por que:

A distância que um jogador percorre nos 90 minutos de partida é de, aproximadamente, 10 km, sendo que 70% desses representam deslocamentos lentos, caminhadas, trotes, e 30% representam corridas efetivas de jogo, com bola ou sem. Assim, devemos pensar nos tiros de curta distância e alta velocidade, seguidos de intervalos de longa duração, que são as ações mais importantes para o jogo. Atletas de futebol dão tiros de 5 a 50 metros, e devem, portanto, serem treinados para percorrer essas distâncias, predominando a utilização da via bioenergética ATP-CP.

v  Avaliando o futsal, em contrapartida, observamos que os atletas correm bem mais e têm muito menos tempo de recuperação entre os tiros, fazendo com que a importância da via glicolítica láctica aumente, mas não predomine a ATP-CP, porque, novamente, os tiros são curtos e velozes, de muita importância para o jogo. 

Proteólise e Síntese de proteínas

Proteína:
v  Grande cadeia de aminoácidos que se organizam em formato tridimensional e assumem função biológica.
v  Não é essencialmente substrato energético, como o carbidrato e o lipídio, mas pode ser utilizada como fonte de energia em algumas situações.

Ciclo alanina-glicose

Se tenho a diminuição da glicose circulante, utilizo o glicogênio muscular ou hepático para conpensar essa carência. Se a glicose estiver em níveis muito baixos utilizo o glicogênio, mas se forem níveis baixos ao extremo recorrerei às proteínas musculares, degradando-as em várias cadeias de aminoácidos, entre elas a alanina, por exemplo. No fígado, a alanina sofre o processo de desaminação, sendo removido, portanto, o grupamento amino, passando a ser um piruvato. Esse piruvato é convertido em glicogênio, que fora do fígado, e na corrente sanguínea está em forma de glicose, que se direcionará até o músculo, onde se configurar-a em piruvato, formando alanina e finalmente a proteína, sendo esse o processo de aminação. Quanto mais tempo em jejum, mais proteínas serão degradadas para a formação da glicose.

Excreção de N2 no suor

O organismo com pouco glicogênio armazenado liber muito mais nitrogênio pelo suor do que um organismo com a quantidade adequeada de glicogênio.

O aeróbico em jejum proporciona um aumento de queima de gordura, isso porque o organismo vai priorizar a queima de lipídio e proteínas para poupar a glicose, já que precisamos dela para o bom funcionamento do sistema nervoso. Vou queimar mais gordura? Sim. Mas ela será reposta na alimentação pós treino.

sintetização de proteínas

A sintetização de proteínas se dá a partir dos genes.
Gene: é uma parte do DNA que é capaz de sintetizar proteínas, o que representa 3%.
DNA: é uma dupla fita que se organiza através de pontes de hidrogênio em pares de bases nitrogenadas muito bem organizadas, onde Adenina liga-se com Timina e Citosina liga-se com Guanina. O DNA é organizado em 22 pares cromossômicos e mais 1 par sexual, totalizando em 23 pares. É encontrado no núcleo das células e nas mitocôndrias.

Como ocorre a síntese

Tenho o DNA, e a partir do estímulo que dou à célula, que estimula o gen, que será exposto na fita de DNA, tenho a leitura, transcrição, que é feita pelo RNA.
RNA: Transportadores, ribossômicos e mensageiros, cada um com sua função específica no processo de tradução.
è A síntese é feita no núcleo da célula. O RNA mensageiro fará a transcrição do código genético e irá para o citoplasma ao encontro dos ribossosmos no Retículo Endoplasmático Rugoso. Esse RNA se dividirá em códons, que são conjuntos com 3 bases nitrogenadas, os quais cada um ligar-se-ão a 1 aminoácido, que será sempre o mesmo. Após este processo o RNA se quebra, deixando a sequência de aminoácidos, ou seja, uma proteína. 

Lipólise

Lipídio: É armazenado em forma de triglicerídeos.
Triglicerídeos: Estão no tecido adiposo subcutâneo e adiposo visceral. É um glicerol ligado a três ácidos graxos.


O tecido adiposo é um tecido composto por adipócitos, que são especializados em sintetizar e armazenar os triglicerídeos (um glicerol ligado a 3 ácidos graxos, principalmente o ácido palmítico). Esse tecido, quando visceral e na região abdominal, provoca alto risco metabólico (como já citado em outra postagem).

 EXEMPLO: A insulina e o glucagon são sintetizados pelo pâncreas frente ao estímulo da glicemia. O glucagon (e outros hormônios) quebra o triglicerídeo, e a insulina (e outros hormônios) sintetiza o triglicerídeo. Quando estamos em jejum o glucagon é alto, ou seja, teremos mais ácido graxo livre para ser utilizado como fonte de energia, e quando comemos a insulina é alta, ou seja, sintetizamos a molécula de triglicerídeo.

O QUE ACONTECE COM O ÁCIDO GRAXO LIVRE

Os ácidos graxos livres precisam ser captados para dentro da célula, e isso se dá por difusão facilitada, já que temos os receptores específicos como FABP e FAT CD36, que vão transportar o AGL para o interior da célula. O AGL no citoplasma é acilado, formando AcilCoA, o qual é transportado para a membrana mitocondrial através de CAT 1. AcilCoa liga-se com a carnitina já presente , formando Acil-Carnitina. O CAT 2 vai captar essa Acil-Carnitina e desacilá-la liberando para o interior da mitocôndria AcilCoA, e a carnitina desacilada permanecerá no ciclo para unir-se a outra AcilCoA, reiniciando o processo.

Dentro da mitocôndria o AcilCoa será oxidado, sofrendo betaoxidação. Nesse processo, os 16 carbonos de AcilCoa serão quebrados. A cada quebra de 2 carbonos é liberado 1 NADH, 1 FADH e 1 AcCoa. NADH e FADH irão para a cadeia respiratória, rendendo 3 ATP cada NADh e 2 ATP cada FADH. E cada AcCoa iniciará um ciclo de krebs, que rende 12 ATP cada ciclo. Para a quebra desses 16 carbonos são necessárias 7 voltas de betaoxidação, sendo que na ultima volta serão liberados dois AcCoa, zerando o número de carbonos. No final desse processo teremos:

35 ATP --> beta oxidação
96 ATP-->Ciclo de Krebs
-2 ATP-->  Ativação
----------------------
192 ATP/palmitato

PROCESSO DE INSTALAÇÃO DA OBESIDADE

A obesidade tem relação com o processo de proliferação de adipócitos, ou seja, de hiperplasia celular.  A hipertrofia é o crescimento individual de cada célula.



O primeiro surto hiperplásico ocorre no primeiro mês de gravidez. Do terceiro ao nono mês o número de adipócitos não se altera, e o aumento do tecido adiposo se dá por hipertrofia celular. Quando nascemos sofremos um novo processo hiperplásico, com duração de 3 meses. Até a puberdade, teremos o processo de hipertrofia muscular. Durante o estirão puberal teremos o último processo hiperplásico, e após o mesmo só vamos ter, portanto, o processo de hipertrofia celular.

Sendo assim, podemos ter dois tipos de adultos obesos: Os hipertróficos e os hiperplásicos. Os obesos hipertróficos são mais fáceis de serem tratados, pois possuem menor número de células adiposas. Já o obeso hiperplásico, que é gordo desde pequeno, possui um maior número de células adiposas, dificultando o tratamento da obesidade, demorando mais tempo para emagrecer.